quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Prefeitura fechou escola pública de música em Campinas. Prometeu voltar e não voltou!



Pais de alunos pediram a  retomada das aulas mas de nada adiantou, ficamos novamente somente com a promessas. Quantos jovens e crianças ficaram abandonadas simplesmente e professores desempregados. Na matéria abaixo somente vamos lembrar o que foi publicado no Jornal "Correio Popular" em 07/05/2012. Se forem cobrados novamente sobre o retorno da Escola de Musica é bem provável que na campanha politica o cidadão Campineiro vai ouvir que; já estamos estudando a volta das aulas. Afinal mentir e fazer promessas em época de campanha politica é normal pois depois de eleito fica mais fácil dizer: Não temos verbas.


A Prefeitura de Campinas suspendeu ontem as aulas do Centro Escolar de Música Manoel José Gomes, na Vila Marieta, por problemas jurídicos na contratação de professores. A decisão atingiu cerca de 2 mil alunos que fazem parte do Programa Musicalizando e que ficarão sem aula pelo menos até o semestre que vem, de acordo com a previsão da Administração. 

A decisão foi tomada ontem pelos professores, que desde março não recebem salário e também não tiveram contrato renovado com a Secretaria de Educação. No final da tarde de ontem, porém, em reunião realizada com a diretoria da escola, a Prefeitura não apresentou uma solução e confirmou a suspensão das aulas. Informou, por meio de assessoria de imprensa, que irá avaliar as condições legais para pagar os 32 professores pelos dois meses de trabalho. 

Até então, eles ministravam as aulas por meio de contrato que, segundo a Secretaria de Educação, é irregular e tem de ser feito por meio de concurso público ou de uma empresa. Uma licitação foi aberta para contratar uma instituição e terceirizar a administração da escola, o que pode demorar pelo menos três meses. 

Esse é o segundo projeto de ensino musical suspenso em Campinas. Em março, por falta de lugar, o Projeto Guri também suspendeu as atividades e ainda não tem previsão de retomada. 

Com a situação, está cancelado o projeto Fanfarra Municipal, que atende 200 alunos de escolas municipais, em aulas ministradas na Estação Cultura. Também ficarão sem aula 300 alunos que frequentam o Centro Musical e aprendem teoria da música, tocam instrumentos e participam de coral. No projeto Fanfarra na Escola, em que participam 1,5 mil alunos, também haverá suspensão e, segundo os professores, isso poderá comprometer o desfile de 7 de Setembro, quando as escolas se apresentam na cidade com a participação de cerca de 5 mil alunos. 

Os professores do programa também dão formação aos docentes da rede de ensino para que ministrem aulas de música nas escolas, uma obrigatoriedade prevista na Lei Federal 11.769. Cerca de 200 professores participavam desse processo e 1,2 mil já passaram pela formação. 

Ontem, os pais dos alunos com idade entre 6 e 10 anos foram os primeiros a serem avisados da suspensão das aulas. Segundo Neiva dos Santos Toledo, coordenadora do programa, os pais serão avisados durante a semana quando os alunos comparecerem na escola para as aulas. 

Os pais organizam um protesto para esta semana na tentativa de impedir que a situação permaneça. Ontem, cerca de 15 mães estiveram na sessão da Câmara Municipal para protestar contra a decisão da secretaria e pedir apoio dos vereadores. 

Escola 
Segundo Neiva, a Prefeitura costuma demorar pelo menos um mês para renovar os contratos todo começo do ano. No entanto, desta vez, não houve nenhum sinal de que a situação iria se normalizar. Por isso, foi tomada a decisão de interromper as aulas. “Eu estava sendo pressionada, não dá para continuar com as aulas sem a situação regularizada. Mas não dá para interromper o processo de aprendizado dessa forma. Desde que a escola foi inaugurada (em 2003) já foram investidos mais de R$ 3 milhões. A escola tem uma estrutura excelente”, disse a coordenadora. 

A professora Silvia Beraldo deu a notícia aos pais ontem depois de assistirem à apresentação dos alunos do coral. “Eu até tenho outra fonte de renda, mas muitos professores não podem continuar dando aula sem receber. Temos que nos mobilizar”, disse. 

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